quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Por que a ciência moderna desconsidera o Criacionismo adotando o naturalismo como explicação para tudo

É certo que a crença na doutrina da criação também não pode ser experimentalmente comprovada, na medida em que os eventos da criação já aconteceram e não se encontram disponíveis para repetição em laboratório. Assim, a teoria da evolução e o Criacionismo encontram-se à partida em condições epistemológicas semelhantes. Algumas premissas do evolucionismo não são sequer sustentáveis em face dos dados da ciência.
Na verdade, o Criacionismo refuta todas as afirmações fundamentais da teoria da evolução sem ter que mobilizar qualquer texto bíblico e recorrendo frequentemente aos escritos dos próprios evolucionistas.
Os fatos, em si mesmos, desmentem a teoria da evolução, como tem sido reconhecido com crescente intensidade, em círculos não-criacionistas. O Criacionismo permite uma melhor explicação dos fatos, além de fornecer um quadro muito mais plausível para o sentido da existência e da história humana. Em virtude de postulados naturalistas, SÓ SÃO ADMITIDAS COMO CIENTÍFICAS AS EXPLICAÇÕES QUE APONTEM PARA A ORIGEM “ACIDENTAL” DE TUDO O QUE EXISTE.
É como se um juiz só considerasse juridicamente admissíveis as provas e as inferências que apontassem para uma explicação meramente casual das explosões do 11 de Setembro. Seria esse um procedimento objetivo e imparcial?

As premissas evolucionistas tiveram um grande impacto em todos os domínios da vida política, jurídica, econômica, social e cultural, embora nos preocupemos fundamentalmente com a ciência e a teologia cristã. No entanto, DEVE DIZER-SE QUE O DARWINISMO FOI CONTESTADO DESDE A SUA ORIGEM PELOS PRÓPRIOS CIENTISTAS.
Louis Agassiz (1807-1873), um cientista e professor na Universidade de Harvard, afirmou que "TERIA TODO O GOSTO EM ABRAÇAR O EVOLUCIONISMO, SE NÃO FOSSE A TOTAL FALTA DE EVIDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO NO REGISTRO FÓSSIL". No entanto, Agassiz não era adepto do Criacionismo, considerando ridículas as histórias bíblicas da criação em seis dias, de Adão e Eva e do dilúvio global, preferindo ao invés compreender a Terra como o resultado de catástrofes e recriações divinas sucessivas. Louis Agassiz era a exceção à regra, juntamente com alguns nomes isolados.
O darwinismo propagava-se por toda a parte, de forma avassaladora, tendo conseguido uma importante vitória nos Estados Unidos na seqüência do célebre caso judicial “Monkey Trial”, em Dayton, Tenn, em 1925. Paralelamente, à falta de defesas consistentes do Criacionismo, a teologia cristã viveu os séculos XIX e XX fazendo um esforço no sentido de harmonizar o relato bíblico com os dados científicos, operando as necessárias mutações de sentido dos textos e selecionando, de acordo com as suas pré-compreensões, as verdades de entre os mitos.
Este estado de coisas começa a alterar-se substancialmente com a publicação, em 1961, da influente obra sobre o dilúvio global, The Genesis Flood, de John C. Withcomb e Henry M. Morris. A influência deste trabalho deve ser assinalada, na medida em que, pela primeira vez, veio demonstrar a possibilidade de defender o relato bíblico com base em evidências geológicas sólidas. Como premissa fundamental do seu trabalho estava a idéia, totalmente contra a corrente, nos termos da qual a ciência humana falível devia submeter-se ao relato bíblico divinamente inspirado e infalível. Em seu entender, esta premissa, além de ser teologicamente consistente, rejeita liminarmente o naturalismo e o materialismo que estruturam a ciência moderna, tendo ainda o mérito de permitir elaborar um modelo explicativo e preditivo dos fatos científicos muito mais eficaz do que o modelo da teoria da evolução. Deste modo se lançaram as bases para o crescimento exponencial que o Criacionismo tem vindo a conhecer nas últimas décadas. Entre as muitas organizações que se dedicam ao tema salientamos apenas o Institute for Creation Research, nos Estados Unidos, fundado em 1970 por Henry M. Morris, e a organização Answers in Genesis, na Austrália, onde sobressaem nomes como Ken Ham, Carl Wieland e Jonathan Sarfati. Estas organizações utilizam intensamente a internet para divulgarem os seus materiais.
Atualmente o interesse no Criacionismo manifesta-se em dezenas de países em todo o mundo. Nos países de língua portuguesa, o Criacionismo tem conhecido um assinalável crescimento no Brasil.
Refira-se que mesmo fora do Criacionismo aumenta a frustração em torno do darwinismo. Um dos principais sintomas disso mesmo é a emergência do “Intelligent Design Movement” (IDM), um movimento científico que tem adquirido grande proeminência nos Estados Unidos. Particularmente relevantes, neste contexto são as obras Darwin on Trial, de Phillip Johnson, The Design Inference, de William B. Dembski, Darwin’s Black Box, de Michael Behe(A Caixa Preta de Darwin), e Icons of Evolution, de Jonathan Wells.
A principal premissa de que se parte é a de que, atualmente, graças aos avanços nas teorias da complexidade, do design, das probabilidades e da informação, é possível demonstrar, para além de qualquer dúvida razoável, a existência de “design inteligente” no Universo, sendo impossível explicar a complexidade da vida com base no mecanismo das mutações aleatórias e da seleção natural. A concepção inteligente do Universo deixou agora de ser uma mera questão especulativa a discutir por teólogos e filósofos, passando a ser uma questão científica discutida por cientistas, com grandes implicações para as relações entre a ciência e a religião.

CRIACIONISMO E CIÊNCIA

Um dos preconceitos mais enraizados sobre o Criacionismo é a idéia de que este movimento é anti-intelectual, não levando em consideração os dados da ciência. Nada mais absurdo! A construção crítica deste preconceito remete para algumas considerações.
Em primeiro lugar, como se viu, O CRIACIONISMO NÃO É HOSTIL AO CONHECIMENTO E AOS MÉTODOS CIENTÍFICOS. Pelo contrário, a visão bíblica do Universo É A MAIS CIENTÍFICA POSSÍVEL, na medida em que nos propõe um Universo ordenado e cientificamente inteligível, distinto do Criador, - podendo por isso ser objeto de investigação e experimentação, ainda que com limites éticos.
Na verdade, se tudo começou com uma grande explosão acidental e tem evoluído de forma aleatória, em que se fundamenta a expectativa científica de inteligibilidade do Cosmos? Do mesmo modo, como podemos estar certos de que as nossas teorias não passam de uma mera ilusão óptica imposta pelos nossos genes egoístas, apenas por imperativos reprodutivos?Tanto a inteligibilidade do Cosmos como a possibilidade de conhecimento fidedigno do mesmo decorrem naturalmente das premissas do Criacionismo, mas não dos postulados materialistas, acidentalistas e irracionalistas e da teoria da evolução.
Deve notar-se que foi justamente onde mais intensamente se assistiu à redescoberta da Bíblia, no Renascimento e na Reforma, que mais cedo floresceu a moderna revolução científica e tecnológica. Não é por acaso que algumas das mais prestigiadas universidades do mundo (Oxford, Cambridge, Harvard, Princeton, Yale, etc.) começaram por ser centros teológicos para o ensino da Bíblia. Os pais fundadores dos principais ramos da ciência moderna eram, na sua maioria, criacionistas (vg. Newton; Maxwell; Pasteur; Lister). Do mesmo modo, o ensino generalizado do criacionismo nas escolas norte-americanas não impediu a ida à Lua, sendo que o diretor do Programa Apolo, Werner von Braun, era criacionista. Por sua vez, o fundador da famosa revista Scientific American, agora convertida ao evolucionismo, era também ele um fervoroso criacionista. Mesmo que uma ampla maioria de cientistas negue hoje o Criacionismo, não se pode legitimamente afirmar que o Criacionismo alguma vez tenha constituído um entrave ao progresso da ciência.
Em segundo lugar, o Criacionismo distingue entre ciência operacional e experimental, por um lado, e ciência das origens, por outro. Na primeira categoria encontramos toda a investigação científica que procura compreender o Universo e a vida (astronomia, física, medicina) observando fatos repetitivos.
Com efeito, o Criacionismo e a teoria da evolução, ocupando-se do problema das origens, pertencem ao domínio da reconstrução histórica, na medida em que pretendem formular conclusões sobre o passado ‘inobservável’ com base nas observações feitas no presente, por cientistas do presente. Para isso, a adoção de certos postulados como ponto de partida é inevitável.

Na verdade, a criação, tal como referida na Bíblia, não pode ser objeto de reprodução laboratorial e experimentação, na medida em que a mesma resultou de forças que não se encontram em operação atualmente. Para o Criacionismo, as leis naturais nada nos dizem sobre a criação, na medida em que elas foram um dos produtos da criação.

Por seu turno, a evolução, pretendendo ser um processo aleatório e gradual LENTÍSSIMO, de muitos milhões de anos, não pode, por definição, ser objeto de investigação experimental. MESMO QUE MILLER-UREY TIVESSEM CONSEGUIDO SINTETIZAR A VIDA A PARTIR DA NÃO VIDA (E NÃO SE TIVESSEM FICADO POR UNS POUCOS AMINOÁCIDOS!), ISSO NUNCA SERIA PROVA DA EVOLUÇÃO, MAS SIM DE QUE A VIDA NECESSITA DA VERIFICAÇÃO E CONTROLE DE CONDIÇÕES ALTAMENTE COMPLEXAS E ESPECIFICADAS PARA SURGIR.
NÃO PODENDO SER DEMONSTRADOS POR VIA EXPERIMENTAL, O CRIACIONISMO E A TEORIA DA EVOLUÇÃO ENCONTRAM-SE EM CONDIÇÕES DE IGUALDADE COMO MODELOS EXPLICATIVOS DOS FATOS QUE HOJE PODEM SER OBSERVADOS. OS CRIACIONISTAS NÃO RECUSAM A CIÊNCIA OPERACIONAL, PODENDO SER TÃO BONS NESSE TRABALHO COMO OS OUTROS. Não é verdade que o Criacionismo explique tudo com um simples “Deus criou!” - e dessa forma trave o progresso da ciência. Muitos criacionistas são professores universitários e não aceitam dos seus alunos um simples “Deus criou!” como resposta nos exames... O Criacionismo é adepto da expansão do conhecimento, não da sua retração. Deus não é apenas um “tapa buracos” para explicar o que a ciência ainda não conseguiu entender. Ele é o Criador de todas as coisas, tanto das visíveis como das invisíveis, das que se entendem e das que não se entendem. Manifestando o Seu poder e a Sua glória na criação, Deus quer um maior conhecimento desta.
Alguns trabalhos neo-criacionistas recentes sublinham precisamente QUE A TERRA PARECE TER SIDO COLOCADA NO MELHOR LOCAL POSSÍVEL PARA OBSERVAR E CONHECER O UNIVERSO. Ou seja, os próprios dados científicos corroboram a idéia bíblica de que o Criador deseja a expansão do nosso conhecimento da Sua criação.
A PREMISSA DE QUE O UNIVERSO FOI CRIADO POR UM SER INTELIGENTE, LONGE DE ATRASAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO, PODE ACELERAR ESSE CONHECIMENTO. POR EXEMPLO, UM DOS GRANDES SALTOS QUALITATIVOS DA MEDICINA FOI DADO POR GALENO, NO SÉCULO II, O QUAL, PELA PRIMEIRA VEZ, BASEOU O SEU TRABALHO NA NOÇÃO DE QUE O CORPO HUMANO É UM SISTEMA, EM QUE AS PARTES ESTÃO TODAS PRECISAMENTE AJUSTADAS UMAS ÀS OUTRAS, TENDO FUNÇÕES CLARAMENTE DEFINIDAS E INTERDEPENDENTES. A NOÇÃO DE QUE O CORPO HUMANO É UM SISTEMA ESTRUTURADO DE FORMA COMPLEXA E ESPECIFICADA É TIPICAMENTE CRIACIONISTA, NA MEDIDA EM QUE É PRECISAMENTE ISSO QUE SERIA DE ESPERAR COMO RESULTADO DA AÇÃO CRIADORA DE UM SER DOTADO DE UMA INTELIGÊNCIA SUPREMA. LONGE DE TRAVAR O PROGRESSO DA CIÊNCIA, A MESMA PODE ACELERAR ESSE PROGRESSO.
Isso mesmo pode ver-se, hoje, a propósito do debate em torno dos órgãos vestigiais e do chamado “DNA lixo”.

A existência de órgãos vestigiais, considerados inúteis porque mero vestígio da evolução humana foi, durante muito tempo apresentada como um dos principais argumentos a favor da evolução.
No século XIX o número dos órgãos vestigiais chegou a ser quantificado em cerca de 180. A crença no caráter vestigial e NÃO FUNCIONAL desses órgãos esteve na base de MUITOS ERROS MÉDICOS E ATRASOU SUBSTANCIALMENTE A INVESTIGAÇÃO ACERCA DA FUNÇÃO DESSES ÓRGÃOS NO CORPO HUMANO. Ainda assim, o progresso das ciências médicas veio a demonstrar que TODOS OS ÓRGÃOS APARENTEMENTE VESTIGIAIS TÊM AFINAL UMA FUNÇÃO BEM DEFINIDA. Os últimos órgãos a abandonarem o seu estatuto vestigial FORAM O "APÊNDICE" E O "CÓCCIX”. (Mas parece que ainda hoje, muitos evolucionistas não sabem disso ainda).

Aí está mais um resultado plenamente consistente com o Criacionismo, mas que a teoria da evolução TEM DIFICULDADE EM COMPREENDER. Se se tivesse partido do princípio de que os órgãos humanos tinham uma função, POR SEREM O "RESULTADO DE UM DESIGN INTELIGENTE", a compreensão dessa função teria certamente sido mais rápida. A uma conclusão semelhante se tem vindo a chegar a propósito do impropriamente designado por “DNA-lixo”.
Assim, longe de ter órgãos vestigiais de fases recuadas da evolução, O CORPO HUMANO É, NA SUA TOTALIDADE, UM DOS MAIS NOTÁVEIS VESTÍGIOS DE UM CRIADOR INTELIGENTE. Assim como o arqueólogo é estimulado na sua investigação quando encontra vestígios de presença inteligente, a consciência de que Deus criou, longe de travar o avanço da ciência, deve ser um incentivo acrescido à sua progressão, embora alerte sempre para a existência de limites éticos e morais que devem ser respeitados. Assim, o Criacionismo está longe de ser anti-científico. O CRIACIONISTA APENAS NÃO VÊ NENHUMA RAZÃO CIENTÍFICA PARA CRER NO ACASO, RAZÕES QUE O CONDUZA NECESSARIAMENTE À ACEITAÇÃO DAS PREMISSAS NATURALISTAS E MATERIALISTAS SUBJACENTES AO EVOLUCIONISMO.

ORIGEM E SINTONIA DO UNIVERSO

A teoria da evolução, com a sua premissa da universalidade do princípio evolutivo, edifica a sua cosmologia a partir do modelo do "Big Bang", a teoria mais aceita acerca da origem do Universo. A mesma afirma que tudo se desenvolveu a partir de uma nuvem densa de partículas subatômicas e radiação que explodiu, formando hidrogênio (e algum hélio). Tudo se reduz a UM GRANDE ACIDENTE! Curiosamente, Sucede, porém, que, TOMADO EM SI MESMO, O BIG BANG CONSEGUE GERAR MAIS INTERROGAÇÕES DO QUE RESPOSTAS.
De onde veio a partícula infinitesimal, ou “ovo cósmico”, que esteve na origem do Big Bang? Será razoável pensar que a mesma surgiu do nada? Quanto tempo é que ela existiu antes do Big Bang? O que é que terá provocado a grande explosão? Sendo a generalidade das explosões destrutivas, será razoável aceitar que uma explosão seja responsável por um Universo ordenado e pleno de mecanismos que nem a totalidade dos cientistas pode compreender? Se uma causa tem que ser maior do que o seu efeito; se tudo o que tem um princípio tem uma causa; se o Big Bang é o princípio do Universo; qual é, então, a causa do Big Bang? Na verdade, o Big Bang vive numa “bolha especulativa” que desafia tudo o que sabemos em termos de causalidade, probabilidades, conservação da energia, entropia e mesmo o senso comum. Sintomáticas são, a este propósito, as palavras de Brad Lemly:
“não imagines o espaço exterior sem matéria dentro dele. Imagina nenhum espaço e nenhuma matéria. Boa sorte! Para a pessoa normal, deve ser óbvio que NADA PODE ACONTECER A PARTIR DE NADA. Mas para o físico quântico, o nada é, de fato, qualquer coisa”.
NÃO QUERENDO ACREDITAR QUE DEUS CRIOU O UNIVERSO, A TEORIA DA EVOLUÇÃO É LEVADA A ACREDITAR QUE ELE “EVOLUIU” DO NADA.
Note-se que está demonstrado que bastava uma ínfima variação na velocidade de expansão do Universo, para que o mesmo se auto-destruísse. Além disso, a probabilidade de uma explosão como a do Big Bang dar origem à vida tal como a conhecemos é tão ínfima, que se torna mais do que razoável duvidar de que esse resultado tenha sido conseguido por acaso. A atividade do nosso Universo depende da existência de determinados princípios, exatamente como um computador depende de software. Será razoável pensar que tudo isso surgiu por acaso? Mas o mais surpreendente é a hiper-sintonia do Universo. Na verdade, hoje sabemos que as condições necessárias para a vida dependem de uma cuidadosa e precisa sintonia do Universo. A existência de centenas de coincidências antrópicas continua a intrigar a comunidade científica, mesmo quando a hipótese da criação é liminarmente posta de parte.
Na verdade, a própria velocidade da luz continua a intrigar os cientistas que promovem o modelo do Big Bang, como demonstra o interesse e a paixão suscitados na comunidade científica pela obra do português João Magueijo. Para alguns autores, mesmo a utilização freqüente de expressões como “anti-matéria”, “matéria negra” e “energia negra”, não passa de confissões envergonhadas de ignorância.
DO MESMO MODO, VERIFICA-SE QUE A ORIGEM E A LOCALIZAÇÃO DAS GALÁXIAS PERMANECE UM MISTÉRIO, O MESMO SUCEDENDO COM A ORIGEM DAS ESTRELAS, DA VIA LÁCTEA E DO NOSSO SISTEMA SOLAR. Até a origem da Lua continua envolta em acesa discussão. Embora alguns teólogos e cientistas cristãos tenham procurado harmonizar o Big Bang com o relato do Gênesis, o Criacionismo tem recusado esse modelo, por razões teológicas e científicas. A verdade é que o Big Bang está longe de ser a única cosmologia cientificamente plausível, mesmo dando como bons os dados da teoria de Einstein, da relatividade, também eles objeto de contestação recente. Mais, cientificamente ele conhece hoje uma trepidação cada vez maior. É sintomático que o maior astrofísico inglês, Sir Fred Hoyle, tenha sido, até à sua morte, um dos maiores adversários da teoria do Big Bang. (Aliás, foi Hoyle quem colocou o nome de Big Bang nesta Teoria, mas ele o fez em sentido "PEJORATIVO").

MÉTODOS DE DATAÇÃO

De um modo geral, as pessoas pensam que existem vários métodos independentes para estimar a idade do Cosmos. No entanto, uma análise cuidadosa da questão veio revelar que também aqui se está perante um castelo de hipóteses edificadas sobre premissas indemonstráveis. Os métodos utilizados para proceder à datação do Universo dependem, em última análise, das mesmas premissas evolucionistas e uniformitaristas utilizadas para a datação da Terra. Na verdade, a teoria da evolução serve de base ao cálculo da idade da Terra, como veremos adiante, verificando-se que é a partir da idade da Terra assim obtida que se vai proceder, sucessivamente, ao cálculo das idades da Lua, de Marte, do Sol, do sistema solar e do Universo. Ou seja, longe de assentar em métodos cronométricos fidedignos, o “jogo das datações” nada mais é do que a tentativa de encontrar tempo suficiente no Universo para que a teoria da evolução tenha alguma plausibilidade racional. Ainda assim, surgem freqüentes anomalias neste “jogo”. Por exemplo, embora a idade estimada para o sistema solar seja de cerca de 4,5 a 5 bilhões de anos, os modelos evolucionistas existentes sugerem que os planetas Urano e Netuno não deveriam existir , já que precisariam, para a sua formação naturalista, de pelo menos 10 bilhões de anos. Isto, para além de que a teoria das probabilidades mostra que se trata ali de uma tentativa falhada.
O estado de coisas acima descrito tem conduzido alguns cientistas criacionistas, inspirados por declarações bíblicas acerca da expansão do Universo e utilizando o instrumentário conceptual da teoria da relatividade geral, a propor cosmologias que, sendo inteiramente compatíveis com a realidade dos muitos milhões de anos luz que nos separam das galáxias mais longínquas, também se mostram adequadas a uma criação recente do Universo, tendo como ponto de referência o tempo do planeta Terra. Um dos mais influentes autores neste domínio é o físico e matemático norte-americano Russell Humphreys, do Sandia Laboratório Nacional de Albuquerque, no Novo México, com a sua TEORIA DOS “BURACOS BRANCOS” . Além disso, baseado na análise da cor mais ou menos avermelhada da luz irradiada pelas galáxias (red shifts), e com base na Lei de Hubble, Russell Humphreys sustenta a tese de que a nossa galáxia está próxima ao centro do Universo. Estes resultados põem em causa as teorias que, com base no princípio cosmológico ou coperniciano, têm procurado convencer-nos de que o nosso sistema solar e o nosso planeta são vulgares entre milhões de milhões de sistemas e planetas idênticos.
Estas e outras cosmologias neo-criacionistas, têm vindo a ressuscitar o interesse na consideração da Terra como planeta único e privilegiado. Mas não se pense que só os criacionistas têm explorado estas novas cosmologias.

A TERRA COMO PLANETA PRIVILEGIADO – Evidências científicas de um Planejamento (Design) Inteligente?

Tornou-se comum, edificando sobre Copérnico, propagar a idéia de que a Terra é apenas um planeta entre milhões e milhões de planetas idênticos, perdidos num Universo sem qualquer sentido e propósito. Este mantra é repetido a uma só voz da forma mais sonante. Tomemos como exemplos alguns dos mais conhecidos defensores da cosmologia evolucionista da atualidade. Stephen W. Hawking e George F. R. Ellis sustentam a idéia de que, desde o tempo de Copérnico fomos relegados ao estatuto de um planeta de tamanho médio, rodando à volta de uma estrela média, no bordo exterior de uma galáxia mediana, que não passa de um num grupo local de galáxias. Na verdade – dizem ainda os autores – somos agora tão democráticos que não pretendemos que a nossa posição no espaço seja de alguma forma especial. Por seu lado, Carl Sagan afirma que o nosso planeta é um grão de areia solitário na escuridão cósmica envolvente. Na nossa obscuridade, nesta vastidão – diz ele – não existe um indício de que qualquer ajuda possa vir de qualquer lado para nos salvar de nós próprios.
Muitos outros exemplos poderiam ser apresentados, embora nos pareça que estes são suficientes para mostrar o que está em causa.
EXISTE APENAS UM PEQUENO PROBLEMA COM O ENTENDIMENTO DESTES AUTORES: ENCONTRAR NO ESPAÇO UM PLANETA QUE REÚNA, COMO A TERRA, AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A VIDA. As probabilidades de isso vir a acontecer foram matematicamente avaliadas como sendo uma em trilhões de trilhões de trilhões de trilhões de trilhões, etc. Mesmo nos setores não-criacionistas, assiste-se hoje a uma recuperação, em termos pós-copernicianos, do interesse pela singularidade (características singulares e únicas) do planeta Terra. A este propósito OS CIENTISTAS CHAMAM A ATENÇÃO PARA O FATO DE QUE A TERRA DÁ MOSTRAS DE TER SIDO PRECISAMENTE CONFIGURADA PARA TER CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À VIDA, COMO POR EXEMPLO, ÁGUA EM ESTADO LÍQUIDO - EXATAMENTE COMO SERIA DE ESPERAR SE A VIDA TIVESSE SIDO INTENCIONALMENTE DESEJADA E CRIADA.
Um pouco mais próxima do Sol, a água evaporaria. Um pouco mais distante, a água gelaria. A Terra tem cerca de 500 milhões de quilômetros cúbicos de água – esse solvente universal – não existindo nem mais uma gota no resto do sistema solar - digamos, de água EM ESTADO LÍQUIDO. Isto não exclui liminarmente a existência de ÁGUA EM ESTADO NÃO LÍQUIDO em Marte, e em Europa, um dos satélites de Saturno?Júpiter? - ou noutras partes do Universo. Água na forma de gelo, pode ser encontrada em cometas, anéis planetários, nos pólos da Lua, provavelmente em Vênus, em luas de grandes planetas, asteróides, etc.
Porém, dizer que a existência de água é evidência de vida em tais planetas, ou suas luas, etc, é o mesmo que dizer que a existência de metal é evidência da presença de um "Airbus A 380”.
Há uma grande diferença entre H20 e a “molécula de DNA”, (com a espantosa quantidade e diversidade de informação nela armazenada) – seja na Terra, em Marte ou em qualquer parte do Universo; visto também que, além da água, a vida necessita de uma sintonia de muitas outras coisas para subsistir.
E se o Sol fosse um pouco menor ou maior?
E se estivesse um pouco mais próximo ou mais distante da Terra?
E se não existisse a atmosfera com a camada de ozônio para filtrar os raios ultravioletas e permitir a entrada da luz solar?
E se a luz solar fosse ligeiramente mais avermelhada ou azulada?
E se a luz solar entrasse, mas não existisse esse complexo mecanismo, que é a fotossíntese, para converter a luz em energia aproveitável?
E se fosse outra a inclinação do eixo de rotação da Terra?
ESTÁ HOJE DEMONSTRADO QUE QUALQUER PEQUENA ALTERAÇÃO DESTAS VARIÁVEIS COLOCARIA SERIAMENTE EM CAUSA A VIDA NO PLANETA TERRA. TODAS ESTAS PERGUNTAS – ENTRE UMA E MUITAS OUTRAS POSSÍVEIS – MOSTRAM QUE A TERRA É REALMENTE UM PLANETA PRIVILEGIADO, EXATAMENTE COMO SERIA DE ESPERAR À LUZ DA REVELAÇÃO BÍBLICA QUE AFIRMA QUE O SER HUMANO É UM FILHO QUERIDO E DESEJADO PELO CRIADOR – QUE PREPAROU A TERRA PARA O RECEBER – E NÃO UM ACIDENTE CÓSMICO DESPROVIDO DE SENTIDO E PROPÓSITO.

Um destaque especial merece a Lua, cuja origem permanece um mistério para a ciência.

Ela estabiliza o eixo da Terra, ao mesmo tempo que influencia as marés, impede a estagnação das águas, influencia as estações do ano e assegura alguma luminosidade de noite.
E se houvesse duas luas?
E se não houvesse nenhuma?
Em qualquer destas hipóteses, os efeitos sobre a vida na Terra seriam devastadores. Por seu lado, a interação gravitacional entre o nosso planeta e a Lua é fundamental para a conservação da vida. Do mesmo modo, a rotação e a translação da Terra asseguram UM AQUECIMENTO MODERADO e EQUILIBRADO do planeta, fundamental para a vida e para as estações do ano.
Refira-se ainda que o Sol é 400 vezes maior do que a Lua e se encontra a uma distância também 400 vezes maior que a mesma, fato que dá lugar aos eclipses mais belos e “CIENTIFICAMENTE MAIS PRODUTIVOS” que se conhecem.
Hoje, alguns cientistas não-criacionistas vão ao ponto de falar na existência de uma “ZONA GALÁCTICA HABITÁVEL”, crendo que estamos nela, - chamando a atenção para o fato de que a hiper-sintonia se estende a todo o Universo. De acordo com este entendimento, a Terra encontra-se numa zona particularmente propícia à sustentação da vida, como não há outras na Via Láctea. Dizer isto não é aderir a uma concepção pré-coperniciana, mas sim pós-coperniciana, baseada numa SÉRIA e HONESTA apreciação das evidências. A ciência naturalista fala a propósito desta precisa sintonia do planeta Terra para a Vida de um altamente improvável “princípio antrópico”. Diferentemente, o Criacionismo interpreta os mesmos fatos à luz de uma altamente provável criação especial ex nihilo (a partir do nada).
A verdade é que, EM MATÉRIA DE COINCIDÊNCIAS ANTRÓPICAS, AS PROBABILIDADES CORROBORAM O CRIACIONISMO, E NÃO A TEORIA DA EVOLUÇÃO.

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