PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE DINOSSAUROS
1.Os dinossauros existiram?
Sim. Cerca de 285 tipos (gêneros) são conhecidos,2 com tamanhos variando desde o de um corvo até 30 m ou mais de comprimento. Aproximadamente metade destes são representados por um único exemplar, enquanto 10 deles têm pelo menos 40 exemplares. A maior diversidade de dinossauros é encontrada na parte superior das rochas do Cretáceo (Maastricianas).
2. Foram encontradas pegadas de seres humanos junto a pegadas de dinossauros?
Não. Houve um anúncio de que tais pegadas foram encontradas juntas no leito do rio Paluxy no Texas, mas esta afirmação foi abandonada por todos os criacionistas com treinamento científico. As pegadas de dinossauro são genuínas, mas as humanas não são.
3. Os cientistas crêem que as aves evoluíram dos dinossauros?
Esta é uma questão que envolve atualmente acaloradas discussões. Têm sido encontrados certos fósseis com alguns aspectos típicos de aves e outros aspectos mais típicos de dinossauros. O Archaeopteryx é um exemplo famoso. Alguns fósseis de dinossauros achados recentemente na China têm traços semelhantes a filamentos que alguns cientistas afirmam que são evidências de penas, mas as estruturas não se parecem com penas de vôo comuns e o assunto ainda não está resolvido. Alguns cientistas têm apresentado evidências para argumentar que as aves não podem ter evoluído dos dinossauros. Alguns cientistas têm proposto que as aves evoluíram de um grupo diferente de répteis, não de dinossauros.
De um ponto de vista criacionista, a presença de penas em um dinossauro não significaria que as aves devam estar relacionadas a dinossauros. Todas aves têm penas, mas isto não quer dizer que todas aves evoluíram de um único ancestral comum. Pode ter havido vários grupos de aves e outros organismos com penas criados separadamente.
4. O que os dinossauros comiam?
Aparentemente a maioria dos dinossauros eram herbívoros. Alguns podem ter comido pequenos animais se estivessem disponíveis. Alguns comiam peixes, enquanto outros provavelmente comiam animais maiores, tais como outros dinossauros.
5. Os dinossauros tinham sangue quente?
Os cientistas não concordam quanto à resposta para esta pergunta. Os dinossauros provavelmente não tinham sangue quente como as aves e os mamíferos. Eles podem ter vivido em climas quentes e úmidos. Consequentemente não teriam dificuldade em se manter aquecidos. Os dinossauros maiores teriam conservado o calor mais eficientemente que os menores. O metabolismo deles pode ter sido mais rápido do que o dos répteis atuais.
Notas para perguntas sobre dinossauros
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE FÓSSEIS HUMANOS
1. Os homens das cavernas realmente existiram?
Sim. Houveram seres humanos que viveram em cavernas e podem haver alguns que ainda moram. Isto não significa que eles sejam semelhantes às figuras vistas em caricaturas de estórias em quadrinhos que você possa ter visto. Acredita-se que o homem de Cro-Magnon pode ter sido um homem das cavernas porque se crê que ele seja responsável por algumas pinturas notáveis em cavernas na França e áreas próximas. O homem de Cro-Magnon é essencialmente o mesmo que os europeus modernos e pode representar os europeus pré-históricos.
2. Existem realmente fósseis que se parecem com homens-macaco?
Já foram encontrados fósseis que parecem ter uma mistura de características humanas e de macacos. Há vários tipos destes tais como o homem de Java, o homem de Pequim e vários tipos da África conhecidos como os "erectinos". Estes parecem ter sido humanos, mas de uma forma diferente. Para interpretações criacionistas e evolucionastes destes fósseis, veja as referências.
3. Os homens de Neanderthal eram humanos verdadeiros?
A maioria dos criacionistas crêem assim, mas a questão é controversa. O homem de Neanderthal provavelmente viveu em cavernas, mas não eram homens-macaco. O crânio tinha um formato diferente da maioria dos homens modernos, mas o espaço do cérebro era maior. Eles aparentemente tinham cultura e eram provavelmente muito inteligentes. Os homens de Neanderthal tinham alguns traços singulares, mas nada que pudesse ligá-los aos macacos de algum modo particular. Algumas das diferenças em seu crânio podem ter sido parcialmente produzidas como resposta a um clima severo e a alimentos duros à mastigação. Aparentemente tinham uma constituição física mais robusta do que as pessoas que vivem hoje. O recente seqüenciamento do DNA mitocondrial do osso de um Neanderthal indica que o DNA do Neanderthal é bastante diferente do DNA de humanos atuais. Entretanto, isto não significa que eles não eram humanos verdadeiros, e muitos antropólogos os aceitam como humanos com adaptações para um clima frio e condições de vida duras.
4. O que são fósseis humanos "arcaicos"?
Há um grupo de material esquelético que não se encaixa facilmente em nenhuma outra categoria, e são referidos tipicamente como "Homo sapiens arcaico." Eles têm geralmente cristas orbitais salientes, como humanos "erectinos" e "arcaicos". Eles tem espaço cerebral maior do que os erectinos, e não apresentam a saliência bem marcada (torus ocipital) na parte de trás do crânio que os homens de Neanderthal têm.
5. Que se pode dizer dos Australopithecus?
Os Australopithecus foram provavelmente um tipo extinto de macaco. Eles tinham algumas similaridades com os seres humanos, mas tinham um cérebro de tamanho aproximado do de um chimpanzé e alguns aspectos que sugerem que viviam em árvores. Aparentemente podiam andar eretos, mas há alguma evidência de que eles teriam certa dificuldade para andar assim.
6. Há alguma seqüência evolutiva que vai dos macacos ao homem?
Há vários tipos de fósseis que possuem uma mistura de características humanas e de macaco. Tem sido feitas tentativas de organizar estes fósseis em uma seqüência que vai de menor número de características humanas para maior número de características humanas. Australopitecíneos têm menos características humanas, seguidos pelos "erectinos," o grupo "arcaicos", e então Neanderthal e Cro-Magnon. A seqüência parece convincente para muitas pessoas e é interpretada como uma linhagem evolutiva. Os criacionistas não aceitam esta interpretação, apontando que os detalhes não se encaixam bem, e a série não é verdadeiramente uma seqüência de ancestrais-descendentes.
6. Qual é a explicação criacionista para estes fósseis que têm uma mistura de características humanas e de macacos?
A resposta a esta pergunta está perdida na Antiguidade. Os fósseis referidos são primariamente os "erectinos" e os "australopitecíneos".
Aqui está uma resposta possível: os erectinos parecem ter sido humanos. Talvez tenham sofrido os efeitos de um intenso endocruzamento genético e um estilo de vida pobre. Os australopitecíneos podem ter sido um tipo extinto de macaco. Parecem não ser relacionados com nenhuma espécie viva atual.
7. O que se pode dizer dos gigantes humanos que viveram antes do dilúvio? Algum já foi encontrado?
Não. Nenhum fóssil humano gigante que tenha vivido antes do dilúvio foi encontrado.
8. Como as raças humanas se originaram? Alguma delas foi marcada por uma maldição?
Todos os seres humanos estão vivendo sob a maldição do pecado, e é duvidoso de que isto se aplique mais a alguma raça do que a outra.
As raças podem se desenvolver quando pequenos grupos são isolados. Além de distâncias, a linguagem é provavelmente o maior fator de isolamento. Quando as linguagens foram confundidas em Babel, provavelmente pequenos grupos se dispersaram para vários lugares, produzindo grupos isolados que se desenvolveram em raças diferentes.
Alguns aspectos raciais podem ser o resultado do fato de que certas características fisiológicas são vantajosas em determinados ambientes. A cor da pele é um exemplo. A luz solar é necessária para produzir vitamina D. Luz solar em excesso aumenta o risco de câncer de pele. A melanina protege os que vivem em climas tropicais do câncer da pele causado por excesso de luz solar. Isto explica porque pessoas que vivem nos trópicos têm tipicamente pele mais escura. Pessoas que vivem em latitudes mais altas não necessitam de muita proteção contra o sol e têm pele mais clara. A pele escura pode ser desvantajosa em latitudes altas se a quantidade de luz solar é apenas suficiente para a produção de vitamina D.
9. Que problemas não resolvidos sobre fósseis humanos são de maior preocupação?
Por que não são encontrados fósseis de homens gigantes? Por que não são encontrados fósseis humanos que pareçam ter sido enterrados pelo dilúvio? Qual é a explicação para os fósseis que têm características de homem e de macaco?
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE MUDANÇAS EM ESPÉCIES
1. O que são as "espécies do livro de Gênesis?"
A Bíblia não diz nada acerca das "espécies do livro de Gênesis". Nela a expressão "segundo a sua espécie" é usada para descrever a variedade de plantas e animais que Deus criou (Gênesis 1), ou aquelas que foram salvas na arca (Gênesis 6:20), ou aquelas que são limpas ou impuras para se comer (Levíticos 11). Muitos criacionistas têm mantido a tradição de que Deus mandou que os animais se reproduzissem apenas "segundo a sua espécie," mas um estudo do texto mostra que a reprodução não é o assunto em discussão. A Bíblia não estabelece nenhuma regra sobre os animais se reproduzirem segundo a sua espécie. O termo "espécies do livro de Gênesis" foi criado por criacionistas para se referir à idéia de que Deus criou originalmente muitos grupos separados de indivíduos que podiam cruzar entre si, dos quais resultou a diversidade de plantas e animais que vivem hoje. Portanto o termo "linhagem" pode ser usado no lugar de "espécie", com a compreensão de que pode haver considerável flexibilidade genética dentro de qualquer linhagem dada.
2. Como explicamos a existência de predadores e criaturas venenosas?
A Bíblia não diz como se originaram, mas afirma que a natureza mudou devido ao pecado de Adão (Gênesis 3:14, 18; Romanos 8:20). Aparentemente Adão foi criado para ser um dos "filhos de Deus" (Lucas 3:38; Jó 1:6). Devido ao seu pecado, Adão perdeu o controle do mundo para Satanás (João 12:31; Jó 1:6,7; Jó 2:1,2). Portanto, a predação e outros males são responsabilidade de Satanás. Quando o mundo for restaurado, a harmonia na natureza será restaurada (Isaías 11:6-9; Isaías 65:25; Apocalipse 21:4; Apocalipse 22:3).
3. Há algum limite para a mudança nas espécies?
A Bíblia não aborda este ponto, mas a ciência mostra que as variações são limitadas. Não existe um sistema para quantificar diferenças morfológicas entre espécies, de forma que os limites não podem ser quantificados. Entretanto, milhares de experimentos têm sido feitos por criadores e geneticistas e muita informação já foi acumulada. As espécies têm uma grande capacidade para variação (por exemplo, a variação entre raças de cães é equivalente às variações observadas entre gêneros diferentes de canídeos selvagens) e podem produzir novas variedades e espécies; mas parece implausível que este tipo de variação possa se acumular para a produção de novos órgãos ou novos planos corporais. Por outro lado, a existência de predadores e parasitas sugere que algumas espécies passaram por uma considerável mudança. Ainda não foi completamente demonstrado o mecanismo destas mudanças.
4. Qual é a categoria taxonômica que mais se aproxima da categoria criada originalmente?
Pode não haver nenhuma resposta universal para esta pergunta; grupos diferentes possuem traços diferentes que frequentemente não são comparáveis. Unidades taxonômicas, tais como gênero, família, ordem, etc., são definidas subjetivamente, e não há nenhuma declaração bíblica a respeito. Não há uma medida quantitativa que possa servir para definir diferenças morfológicas entre espécies. Há duas famílias de insetos tão similares entre si como duas famílias de répteis ou duas famílias de algas?4 Quem pode dizer? Se alguém quiser uma estimativa, parece que família pode ser uma boa aproximação para alguns grupos mas não para todos.
5. As espécies podem mudar com rapidez suficiente para explicar a atual biodiversidade em um tempo relativamente curto?
Não sabemos quanta mudança é necessária para explicar a biodiversidade atual, porque não sabemos o ponto de partida. Os cientistas têm descoberto que as espécies podem mudar bem rápido,5 especialmente durante períodos de stress ambiental. A maioria das mudanças observadas são pequenas, do tipo que permite distinguir entre espécies ou gêneros. Essas mudanças foram causadas por processos naturais. Se as mudanças foram dirigidas por agentes inteligentes, os resultados são difíceis de predizer.
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE DATAÇÃO POR CARBONO 14
1. Explique como os cientistas obtém idades de milhões de anos pelo método do carbono 14.
Isto não é feito. A datação por carbono-14 não pode dar resultados além de cerca de 70.000 anos. Idades de milhões de anos são baseadas em outros métodos inorgânicos, tais como o método do potássio argônio (K-Ar).
2. Como funciona a datação por carbono-14?
A datação por carbono-14 (C-14) é baseada no fato de que o C-14 é radioativo e se desintegra produzindo nitrogênio-14. Os seres vivos recebem o C-14 por meio do alimento e água, mantendo um nível constante de C-14 no corpo. Quando morrem, o C-14 que se desintegra não é mais substituído, assim o nível de C-14 diminui. Quanto maior o tempo desde a morte, menos C-14 permanece no corpo. A concentração do C-14 em um amostra pode ser medida com precisão e comparada com a quantidade de carbono-12 não radioativo. Com estas medidas pode-se calcular o tempo necessário para o nível do C-14 no corpo diminuir até este nível. Este tempo é a idade C-14 da amostra.
3. Quão precisa é a datação por carbono-14?
Idades determinadas por carbono-14 (C-14) parecem ser precisas sempre que podem ser checadas com relatos históricos. Algumas exceções são conhecidas, tais como quando os organismos não recebem a quantidade de C-14 igual à média do ambiente, mas estes casos geralmente são facilmente explicados. Além de cerca de 1500 a.C., os registros históricos existentes são escassos e a contagem de anéis de árvore pode ser usada para calibrar e corrigir as idades por C-14.2
A parte experimental da datação por C-14 consiste em medir a proporção de carbono-14 e carbono-12, e algumas vezes do C-13, em uma amostra. Isto pode ser feito com uma boa precisão, embora seja difícil trabalhar com algumas amostras. Além disso, a precisão do resultado depende da confiabilidade dos pressupostos usados na interpretação das medidas.
4. Quais são os pressupostos usados na determinação de idades por carbono-14?
A interpretação dos resultados é baseada em vários pressupostos. Aceita-se que a taxa de decaimento radioativo do carbono-14 (C-14) não tem mudado ao longo dos anos. Não há nenhuma evidência contra este pressuposto e ele parece ser confiável. Supõe-se também que não haja perda ou contaminação de C-14 na amostra. A confiabilidade deste pressuposto provavelmente depende do ambiente em que a amostra se encontra. Uma amostra isolada para troca de átomos com o ambiente terá mais chance de evitar a contaminação ou perda do que uma amostra que se encontre frequentemente exposta a correntes de água. Erros neste pressuposto podem frequentemente ser identificados.
Outros três pressupostos são feitos ao aplicar o método.3 Primeiro, a taxa de produção do carbono-14 deve ter sido relativamente constante. Sabe-se que ocorreram variações, mas acredita-se que pode-se fazer a correção devida. Segundo, a quantidade de carbono-14 presente em reservatórios geofísicos deve ser constante. Os reservatórios geofísicos incluem a atmosfera, os oceanos, a biosfera e os sedimentos. Este pressuposto tem sido questionado recentemente.4 Terceiro, as várias taxas de fluxo do carbono-14 entre os reservatórios geofísicos deve ser constante e o tempo de residência do carbono-14 nos vários reservatórios deve ser curto em relação à sua meia vida. Se estas três condições forem satisfeitas, o resultado é que a concentração inicial de C-14 na amostra pode ser estimada. Este resultado parece funcionar bem quando pode ser verificado. Entretanto, seria completamente invalidado para material que estava vivo antes do dilúvio.
O dilúvio deve ter alterado drasticamente a concentração do C-14. Isto porque o C-14 antediluviano estaria grandemente diluído em grandes quantidades de C-12 que agora estão enterradas na forma de carvão mineral e petróleo.5 Isto reduziria grandemente a concentração de C-14 antes do dilúvio, fazendo com que uma amostra da época parecesse muito mais velha do que é realmente. De acordo com esta interpretação, se plantas que viveram antes do dilúvio fossem datadas por C-14 usando os padrões atuais, pareceriam muito mais antigas mesmo quando ainda vivas. Isto significa que aqueles que crêem em um dilúvio mundial devem esperar encontrar idades muito grandes para organismos que viveram antes do dilúvio. O mesmo se aplicaria a plantas e animais que viveram logo após o dilúvio, antes que o novo nível de concentração de C-14 fosse atingido.
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE A IDADE DA TERRA
Qual a idade da Terra?
A maioria dos cientistas crêem que a Terra tem cerca de 4,5 bilhões (4.500.000.000) de anos. Este valor é baseado em datação radiométrica. Muitos criacionistas crêem que a Terra tenha cerca de 6.000 a 10.000 anos. Estes valores são baseados nas cronologias no Gênesis. Alguns criacionistas crêem que esta questão não é muito importante; talvez os minerais foram criados numa ocasião e a vida em outra. A Bíblia não dá uma idade para a Terra, e nenhuma conclusão teológica é baseada na idade da Terra, de forma que esta questão pode não ser tão importante como algumas outras.
2. Por que os cientistas pensam que a Terra tem bilhões de anos?
Estes valores são o resultado de técnicas de datação radiométrica que são aplicadas às rochas. O mais popular destes métodos é provavelmente o do potássio-argônio, embora hajam vários outros, tais como o urânio-chumbo, rubídio-estrôncio, etc.1 Alguns átomos de potássio são radioativos e se transformam em argônio, um gás nobre. O material radioativo (potássio-40) é chamado de material pai; o produto (argônio-40) é chamado de material filho. À medida que o tempo passa, a quantidade de material pai (potássio-40) diminui enquanto a quantidade de material filho (argônio-40) aumenta.1
As idades determinadas por potássio-argônio são calculadas a partir da razão de argônio-40 para potássio-40. Esta razão fica maior com o decorrer do tempo. Se a quantidade de potássio-40 fica muito pequena para ser detectada, o método não pode mais ser usado para calcular a idade de uma rocha. As quantidades de potássio-40 e argônio-40 podem ser medidas com precisão, mas a exatidão da idade depende da confiabilidade de três premissas principais: taxa de decaimento constante; sistema fechado; e concentração inicial. A hipótese da taxa de decaimento constante parece válida; há pouca evidência observacional contra ela. A hipótese do sistema fechado é válida na maior parte do tempo (o método não é aplicado a rochas que mostram evidente alteração química), mas há a necessidade de cautela aqui. A hipótese da concentração inicial é a parte mais fraca do processo de cálculo de idades radiométricas. São feitas tentativas para estimar a concentração inicial da forma mais razoável possível, mas não há meio de ter certeza de que as estimativas estejam corretas. Não se pode voltar no tempo e examinar a amostra de rocha logo que foi formada. Os criacionistas que defendem uma idade curta para a Terra suspeitam que haja problemas com a hipótese do sistema fechado e com a hipótese da concentração inicial.
3. O que significa meia-vida?
Meia-vida é o tempo necessário para que metade de uma amostra de um material radioativo pai se transforme em material filho. Para o potássio-40, a meia-vida determinada é de cerca de 1,3 bilhões de anos. Isto significa que se iniciarmos com 1000 átomos de potássio-40, 500 deles terão se transformado em argônio-40 após 1,3 bilhões de anos. Após outros 1,3 bilhões de anos, apenas 250 deles terão restado, e terão se formado 750 átomos de argônio-40. Uma terceira meia vida irá reduzir o potássio-40 a 125 átomos, com a formação de um total de 875 átomos de argônio-40. Neste ponto, a razão de uma parte de potássio-40 para 7 partes de argônio-40 iria indicar uma idade de cerca de 3,9 bilhões de anos, que é aproximadamente a idade das "mais velhas" rochas conhecidas na Terra.
4. Como os criacionistas explicam idades radiométricas de muitos milhões de anos?
Os criacionistas não têm uma explicação adequada. Algumas possibilidades têm sido propostas2, mas elas não são compelentes porque não explicam porque as camadas inferiores dão em geral idades maiores que a s camadas superiores. A primeira possibilidade é que as rochas da Terra sejam muito velhas porque o planeta foi formado bem antes de a vida ter sido criada nela. Esta teoria propõe que o Gênesis se refere apenas à criação da vida no planeta e não à criação do planeta em si. Esta pode ser chamada de hipótese de dois estágios de criação. A segunda hipótese é que Deus tenha criado um planeta maduro, com árvores crescidas, animais adultos e seres humanos adultos também. Portanto, é razoável que as rochas tenham sido criadas para aparentarem idade também. Esta é conhecida como a hipótese da criação de Terra madura. Uma terceira possibilidade é a de que haja alguma razão funcional, tal como seus efeitos danosos sobre seres vivos, para que certos materiais radioativos não devessem ser abundantes.
5. Que problemas não resolvidos sobre a idade da Terra são de maior preocupação?
A questão mais difícil é provavelmente a seqüência aparente de idades radiométricas, dando valores mais altos para as camadas inferiores da coluna geológica e valores menores para camadas superiores. Pergunta-se também por que a datação radiométrica produz sistematicamente idades muito maiores do que as sugeridas pelo relato bíblico; a razão para traços de atividade na coluna geológica; e busca-se uma explicação para as longas séries de camadas em gelo.
2. Como todos milhões de espécies de animais poderiam caber na arca?
Não poderiam. A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres -- aqueles que caminham sobre o chão e respiram através de narinas (Gênesis 7:22). Isso não inclui animais marinhos, vermes, insetos e plantas. Há menos de 350 famílias de vertebrados terrestres vivos. A maioria destes são do tamanho de um gato doméstico ou menores. Se cada família taxonômica estava representada na arca por um par, com as poucas famílias limpas representadas por sete pares, a arca deveria conter menos do que 1000 indivíduos. A arca poderia provavelmente acomodar dez vezes este número. A questão de espaço para os animais na arca não é um problema difícil.
É razoável supor que cada família taxonômica poderia ser representado por um único par ancestral na arca? Isto não irá exigir taxas evolutivas irrazoáveis após o dilúvio?
Algumas famílias taxonômicas podem ser grupos que representam mais do que um par ancestral. Entretanto, um par pode ter sido suficiente em muitos casos. Sabe-se que algumas espécies atuais possuem suficiente variabilidade genética para produzir variações morfológicas equivalentes a gêneros diferentes. As taxas de mudança morfológica podem depender do grau de isolamento genético, da quantidade de stress ambiental e também do tempo.
4. O que se pode dizer sobre alimentação, água e saneamento para todos aqueles animais?
Estas questões não são discutidas na Bíblia. A água da chuva pode ter estado disponível, tornando o armazenamento de água desnecessário. O alimento foi aparentemente guardado na arca (Gênesis 6:21-22). O Deus que revelou a vinda do dilúvio, instruiu Noé sobre como preparar a arca e dirigiu os animais para a arca, certamente cuidou da logística necessária para o cuidado deles.
5. O que se pode dizer sobre animais com alimento muito específico, tais como o coala que requer folhas de eucalipto?
Não sabemos se os coalas foram sempre restritos a folhas de eucalipto, ou se sua dieta mudou. Nem mesmo sabemos se os coalas existiram antes do dilúvio, ou se desenvolveram-se a partir de um ancestral que foi preservado durante o dilúvio. Possivelmente não haja um meio de obter a resposta.
6. Como os animais puderam encontrar seu caminho a partir da arca até a América do Sul ou a Austrália?
Não sabemos, mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar, ou pode ter sido através da ação direta de anjos. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente em toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente em violação de leis naturais, mas sim que os eventos foram dirigidos por seres inteligentes.
7. Que problemas não resolvidos sobre a arca de Noé são de maior preocupação?
Quantas espécies diferentes de animais foram salvas na arca de Noé, e quais são seus descendentes? Como os vertebrados terrestres se espalharam da arca até sua atual distribuição?
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE A ERA GLACIAL
1. Ocorreu uma era glacial?
Sim. Houve um tempo quando as geleiras cobriram grandes áreas da América do Norte e do noroeste da Europa.1 A maioria dos cientistas crê que ocorreram várias eras glaciais, mas alguns criacionistas suspeitam que houve apenas uma Era Glacial, com flutuações que produziram a aparência de mais de uma.
2. Quando foi a era Glacial?
Provavelmente não muito após o dilúvio.
3. O que causou a era Glacial?
Já foram feitas muitas conjecturas acerca da causa da Era Glacial. Uma das melhores idéias é a de Michael Oard. Oard propõe que o oceano estava ainda aquecido imediatamente após o dilúvio. Isto significa que muita água se evaporaria e produziria precipitação, especialmente ao longo da trilha de tempestades da costa leste da América do Norte. Esta trilha de tempestades trouxe grandes quantidades de neve para a parte norte da América do Norte, onde o maior acúmulo de gelo ocorreu. Atividades vulcânicas mantiveram os verões frios, aumentando a precipitação e impedindo o derretimento da neve e gelo. Quando o chão ficou coberto de neve, passou a refletir mais a radiação solar. Isto esfriou mais o ar acelerando o processo. Depois de várias centenas de anos, o oceano se esfriou o suficiente para diminuir a precipitação de mais neve. A atividade vulcânica declinou também, permitindo que os verões se tornassem mais quentes, provocando o derretimento do gelo.
4. Quanto durou a era Glacial?
No modelo de Oard, a Era Glacial pode ter durado menos de 1000 anos. A maioria dos geólogos crê em várias eras glaciais, separadas por períodos mais quentes, durando centenas de milhares de anos.
5. Por que a Bíblia não diz nada sobre a Era Glacial?
A Bíblia registra a história do povo que preservou o conhecimento do prometido Messias. A Era Glacial não é relevante para esta história. Por outro lado, referências tais como Jó 38:22 podem indicar um clima mais frio no princípio da história bíblica.
6. Que se pode dizer sobre outras eras glaciais na coluna geológica?
Outras "Eras Glaciais" têm sido propostas, com base na interpretação de certas evidências, tais como sedimentos não consolidados, que são interpretados como típicos de atividade glacial. Entretanto, as evidências de "eras glaciais" pré-quaternárias não são fortes, e já foram propostas interpretações alternativas dos dados.
7. Quais são os problemas não resolvidos mais importantes sobre Eras Glaciais?
Como explicar as evidências de que algumas regiões da América do Norte e Europa Setentrional experimentaram intervalos alternados de glaciação e climas mais quentes, sugerindo um período de tempo mais longo do que a maioria dos criacionistas julga disponível? Como explicar sondagens do gelo da Groenlândia e Antártica que são interpretadas como representando períodos de tempo de 100.000 anos ou mais? Qual o significado de seqüências de lâminas interpretadas como devidas a mudanças cíclicas na órbita da Terra, chamadas ciclos de Milankovich?
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE TECTÔNICA DE PLACAS
1. Os continentes realmente se separaram?
Aparentemente sim. Há considerável evidência de que os continentes se moveram, separando-se.
2. Quando os continentes se separaram?
A principal separação pode ter ocorrido durante o dilúvio. Medidas atuais mostram que eles ainda se movem hoje, embora muito lentamente.
3. A divisão da Terra nos dias de Pelegue mencionada em Gênesis 10:25 pode ser interpretada pela tectônica de placas?
Provavelmente não. O contexto é a "tabela de nações" que se espalharam após o dilúvio. O texto significa, mais provavelmente, que o território da Terra foi dividido entres estes grupos de pessoas. Entretanto, não há nada no texto que evite a interpretação de que os continentes se dividiram naquela ocasião; porém, as diferenças entre os vertebrados terrestres da América do Sul e da África são tão grandes que parece pouco provável que estes continentes estiveram ligados após o dilúvio.
4. A Pangéia representa o mundo pré-diluviano?
Provavelmente não. A Pangéia é em grande parte coberta com sedimentos marinhos, sugerindo que fosse uma bacia ou mar epicontinental onde ocorreu a deposição durante o dilúvio. Os continentes pré-diluvianos podem ter sido destruídos no dilúvio.
5. Como podem os continentes terem se movido com rapidez suficiente para rearranjar toda a superfície da Terra durante o ano do dilúvio?
Pode não ser necessário que todo o movimento das placas fosse completado durante o dilúvio; movimentos significativos das placas podem ter continuado por algum tempo após o dilúvio. De qualquer forma, as causas do movimento das placas não são bem compreendidos. Atualmente elas se movem muito lentamente, mas poderiam se mover mais rápido se houvesse condições apropriadas. Uma grande quantidade de energia seria necessária; talvez esta poderia ter sido provida por impactos extraterrestres. Uma temperatura mais baixa de fusão de rochas basálticas poderia ter facilitado o movimento de placas; sabe-se que a presença de água no basalto abaixa o ponto de fusão.3 Não se sabe se o movimento das placas pode ter sido facilitado pelas "águas sob a terra" ou o rompimento das "fontes do abismo," mas vale a pena considerar esta possibilidade. Um grupo de criacionistas publicou recentemente uma teoria de movimento rápido das placas que pode prover algumas respostas a esta questão.4 Um movimento assim rápido iria aquecer tanto as placas que levaria muito tempo para esfriá-las.
6. Que problemas não resolvidos sobre tectônica de placas são de maior preocupação?
Quanto as placas realmente se moveram? Quando e quão rapidamente se moveram? O que aconteceu aos continentes pré-diluvianos? Como o magma do soalho oceânico se esfriou em poucos milhares de anos se as placas se moveram tão rapidamente durante o dilúvio?
PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE A CRIAÇÃO E A CIÊNCIA
1. É científico crer na criação?
Em nossa sociedade, crê-se que a ciência é estritamente naturalista. Neste sentido, a criação não pode ser científica, porque a criação implica que uma inteligência sobrenatural está ativa na natureza. Entretanto, a ciência pode ser definida de outras formas. Se "ciência" significar o estudo da natureza, a criação pode ser "científica". Isto segue se a natureza é entendida em relacionamento a Deus como criador. Muitos dos fundadores da ciência criam que Deus estava ativo na natureza, e que eles estavam meramente estudando Seus métodos de agir na natureza. A história mostra que a separação de Deus e natureza não é necessária para o avanço do conhecimento. Entretanto a ciência se preocupa em testar predições resultantes de hipóteses específicas. A hipótese de que Deus causou um evento por métodos que não são investigáveis não seria considerada científica, por não poder ser testada.
Para alguns o termo "científico" significa crença lógica em oposição à superstição. Este significado é inerente no "cientismo" - a crença de que a ciência naturalística é o único meio de descobrir a verdade. Este é um mau uso do termo "científico" que torna impossível responder à questão se é científico crer na criação ou em qualquer outra teoria das origens.
2. É necessário que a ciência seja naturalística?
A ciência avançou porque os cientistas procuraram respostas a questões acerca de como os eventos ocorreram ou ocorrem. Isto pode ser investigado tanto quando se crê que Deus está dirigindo os eventos como quando não se crê nisto. Os cientistas não necessitam crer no naturalismo quando procuram entender o mecanismo de como os eventos ocorrem.
3. O reconhecimento das atividades de Deus por parte dos cientistas não iria desestimular a pesquisa?
A crença de que Deus está ativo na natureza não desestimulou a pesquisa dos fundadores da ciência moderna, assim como não deve desestimular hoje. O problema que se deve evitar é deixar de investigar um fenômeno por se crer que Deus é sua causa. Muitos cientistas têm sido estimulados a estudar a natureza por crerem que Deus está ativo nela, sendo seu estudo uma oportunidade de compreender seus feitos.
Visite também: Dinossauros: A Extinção - Por quê a ciência só aceita as teorias mais recentes e não a mais antiga, documentada pelas civilizações milenares da mesopotâmia?